Keine Problem

It's more than rain that falls on our parade tonight
it's more than thunder it's more than thunder
it's more than a bad dream now that I'm sober
nothing but sad times nothing but sad times
none of our pockets are filled with gold
nobody's caught the boquet
there are no dead presidents we can fold
nothing is going our way
and it's more than goodbye I have to say to you
it's more than woe-be-gotten grey skies now

- Tom Waits -

Há aqui mais qualquer coisa... O que vale é que o ano está a chegar ao fim!

De volta à agitada capital. Para trás ficou a paz da Beira Alta. Mas desta vez documentada :)



Bem vindos às Contenças de Baixo, aldeia do concelho de Mangualde, situado junto ao vale do Rio Mondego, que divide os distritos de Viseu e da Guarda.



Embora sem grande história, a aldeia é fértil em produzir Ministros da Administração Interna. Aqui nasceram Manuel Pereira, ministro do primeiro Governo de Cavaco Silva, e o famoso "buldozer" do PS, Jorge Coelho (reza a história que o meu pai jogou à bola com ele... literalmente).



Ao que parece, foi aqui que terminou a fuga de Aquilino Ribeiro, famoso escritor, e então um dos líderes da revolta de 1927 contra a Ditadura Militar. E são estas as principais curiosidades históricas ;)



O facto de ser atravessada pela Estrada Nacional 232 (que liga Mangualde a Gouveia e à Serra da Estrela) e a existência de um apeadeiro (inserido na linha da Beira Alta, que liga Coimbra a Vilar Formoso), têm sido os principais factores que têm impedido a desertificação desta aldeia, que tem uma dimensão considerável, e uma população relativamente jovem.



Existe igualmente, na Aldeia, uma casa de turismo de habitação, que, infelizmente, esqueci-me de fotografar, mas que podem consultar aqui.



Para os apreciadores de vinho, a aldeia das Contenças de Baixo, e o concelho de Mangualde, estão integradas na Região Demarcada do Dão.



A sua localização no vale natural criado pelo Rio Mondego, permite que, nos pontos mais altos da aldeia, se tenha uma bela panorâmica sobre a encosta norte da Serra da Estrela (na foto abaixo, o casario branco que se vê no sopé da serra é a cidade de Gouveia. Esta é a vista que tenho quando acordo :))



E pronto, aqui fica um pequeno passeio pela aldeia que me acolhe todos os Natais (e outras alturas do ano.) Este ano, infelizmente, não tive oportunidade de ir à Serra da Estrela, mas deu para dar um pulinho até Seia, uma das portas de entrada para a Serra da Estrela (juntamente com Gouveia e Covilhã), e inevitavelmente, até Mangualde. Mas, como essas fotos ficaram noutra máquina, o post fica para outro dia.

Até à próxima, e obrigado pela visita.

Bom, vou-me pirar para a cama, que amanhã é para a alvorada. Às 7 da manhã quer o meu pai já se ter metido à estrada em direcção às beiras, e em direcção à terra sem a qual, para mim, o Natal não é Natal. Contenças de Baixo (sim, com cedilha, que ainda não encontrei um mapa que fosse que escrevesse Contenças como deve de ser), a mirar a Serra da Estrela. A ver se desta vez tiro umas fotos com uma máquina digital (né Alex!?), para depois vos mostrar.

Tirando isto, não posso dizer muito mais do que disse o ano passado. Por isso, desejo um Feliz Natal a todos vocês, e que este dia seja preenchido com aquilo que mais vos agrada (whatever it is).

Um Feliz Natal especial para o Alex, o Dracul, a belangel e a inês...

...e ainda para o NunoK, a Pata e a Sara.

Tenho reparado, ao longo dos últimos anos, que, chegando a esta altura do Natal, e em vez dos tradicionais "Jingle Bells" ou "Noite Feliz", só me apetece ouvir Bob Marley!

One love, one heart
Let's get together and feel alright...

Serei normal???

Ich habe keine idee...
Kann man helfen mich?

"Todos nós criamos o mundo à nossa medida. O mundo longo dos longevos e curto dos que partem prematuramente. O mundo simples dos simples e o complexo dos complicados. Criamo-lo na consciência, dando a cada acidente, facto ou comportamento a significação intelectual ou afectiva que a nossa mente ou a nossa sensibilidade consentem." - Miguel Torga

Uma marca de champôs afirma que o uso regular dos seus produtos "torna os caracóis até 71% mais definidos".

A questão é: Como é que se quantifica a definição de um caracol de cabelo? E já agora, pode haver excesso de definição?

Mais um caso para os Ficheiros Secretos...

Os Xutos estão de volta. Depois dos concertos da comemoração dos 25 anos de carreira, Os Xutos & Pontapés terminam o ano das bodas de prata com a edição de uma caixa que reúne 25 singles da carreira dos "dinossauros do rock português". Desde "Sémen" a "Ai se Ele Caí", passando por "Para Ti Maria" ou "Dia de S. Receber", esta edição é quase um "best-off", mas dirigido a coleccionadores. Serão colocadas a venda, hoje, 2000 cópias do primeiro resumo da longa vida dos Xutos.



Assim, e como hoje é dia de "as coisas que me chegam aos ouvidos", ficam aqui (minhas) sete melhores, de entre as 25 escolhidas:


Dia de S. Receber
Barcos Gregos
Contentores
Chuva Dissolvente
O Que Foi Não Volta a Ser
Manhã Submersa
Há Qualquer Coisa

"O que distingue as pessoas que estudaram dos autodidactas não é o seu nível de conhecimento mas o grau de vitalidade e de confiança que têm em si próprios." - Milan Kundera

No Natal, o meu presente
eu quero que seja...



A Ashley Judd
A Ashley Judd
La la la la la!

Inspirado no Bairro do Amor

(A pedido do Nuno K)

A Camorra está para Nápoles como a Máfia para a Sicília. Apesar de não ser certo, a palavra "Camorra" parece derivar de "Gamurri", termo espanhol que designava os bandos de malfeitores que atacavam viajantes nas saídas das principais cidades comerciais de Espanha. Estes bandos terão chegado à Região de Campania em meados do século XIV, aquando do domínio do Reino das Duas Sicílias por parte de Aragão.

Apesar da comum actividade do crime organizado, a Camorra é quase o oposto da Máfia. Ao contrário das grandes famílias da Máfia Siciliana, a Camorra é composta por vários grupos, pequenos, mas bastante unidos, que, muitas vezes, lutam entre si pelo domínio de um determinado território. Estes pequenos grupos não têm um líder assumido, e baseiam-se numa estrutura quase horizontal. A sua actividade foi, quase sempre, alheia a motivos políticos ou militares.

A Camorra, como "sociedade" reconhecida, surgiu na década de 1820, nas lotadas cadeias de Nápoles, como consequêncida da repressão dos Bourbon, tendo como principal objectivo a protecção dos prisioneiros. Estes grupos que se foram formando continuaram a sua actividade depois de cumpridas as penas. Mais tarde, num dos raros actos de motivação política, a Camorra associou-se ao Movimento do Nacionalista Giuseppe Garibaldi, conseguindo expulsar a dinastia reinante dos Bourbon, e associar Nápoles à nova Itália Unida. Após a Unificação, e dado o poder que entretanto atingiram, foi levada a cabo a infrutífera tentativa de integrar os camorristi nos carabinieri napolitanos. Assim, a Camorra praticamente governava Nápoles e as cidades circundantes, até às primeiras décadas do século XX. A chegada ao poder do governo de Benito Mussolini levou a sociedade camorristi até perto da extinção, com uma política de repressão e de assassinatos. Após o final da 2ª Guerra Mundial, a Camorra foi ressurgindo, e tem hoje, de novo, um peso muito forte na vida da cidade de Nápoles.

... ou a voz doce de uma contadora de histórias.

Ainda no espírito do post da última 5ª feira, "as coisas que me chegam aos ouvidos" de hoje é totalmente dedicado aos Pearl Jam.



Depois de uma acessa e intensa discussão interna, consegui chegar a um consenso (temporário, porque sei que daqui a duas horas vou mudar de ideias), sobre o meu top 7 da carreira dos Pearl Jam. Desculpem lá o massacre que vos estou a dar com esta minha banda de eleição. Prometo só falar sobre eles outra vez no ano que vem...

Given To Fly
Rearviewmirror
Black
Faithfull
Yellow Ledbetter
Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town
Off He Goes

"O que não me mata, torna-me mais forte" - Friedrich Nietzsche

Depois de alguns atrasos, está finalmente na rua a colectânea dos "maiores" êxitos dos Pearl Jam, que já levam uma carreira de 13 anos. O título do álbum duplo, "rearviewmirror", não podia ter sido melhor escolhido. Além de ser uma das minhas canções preferidas, retrara o que o disco é: um olhar pelo espelho e ver o que ficou para trás.



O álbum é composto por dois discos, intitulados "Up Side" e "Down Side". Em "Up Side", estão os temas musicalmente mais fortes, pesados digamos assim, que inclui "Alive", "Jeremy", "rearviewmirror" ou "Do The Evolution". Em "Down Side" encontram-se os temas mais "românticos", de letras mais marcantes, aqueles que, num concerto, se acompanhariam com um isqueiro acesso, bem lá no alto. Entre outros, estão temas como "Black", "Elderly Woman Behind The Couter In A Small Town", "Betterman" ou "Light Years".



Apesar de ser um "greatest hits", encontramos, entre as 33 canções, 6 temas que, não tendo sido editados em nenhum dos 7 albuns de originais dos Pearl Jam, marcaram indelévelmente a carreira da banda de Seattle. "State of Love and Trust" marcou o MTV Unplugged em 93. "I Got ID", incluido num single de Natal, é referenciado muitas vezes, nos concertos, pela própria banda, como um retrato dos primeiros anos. "Breath" foi originalmente incluído na banda sonora de "Singles", filme de Cameron Crowe, cuja acção decorre na Seattle do início dos anos 90, era do grunge. "Last Kiss" foi gravado para a colectânea "No Boundaries", de apoio aos refugiados do conflito no Kosovo. "Man of The Hour" é a extraordinária canção que fecha o não menos espetacular "Big Fish", filme de Tim Burton, para o qual a canção foi escrita. "Yellow Ledbetter", é uma das músicas mais bonitas dos Pearl Jam, editada originalmente como lado b do single de "Jeremy", mas que é presença constante em concertos, e ideal para despedidas. Curiosamente, é a última música do disco "Down Side".



Para um grande fã de uma banda, um "best of" está sempre incompleto. Falta sempre esta ou aquela música que nos marcam pessoalmente. Para mim, um "best of" dos Pearl Jam teria que ser, no mínimo, um disco triplo. Faltam "Oceans" (Ten), "Indiference"(VS), "Last Exit" (Vitalogy), "Around The Bend" (No Code), "Faithull"(Yield), "Thin Air" (Binaural) e "Thumbing My Way"(Riot Act), isto falando apenas de uma música de cada album.



O último ano tem sido produtivo. No final do ano passado, foi lançado "Lost Dogs", uma colectânea de lados b, e canções inéditas que foram ficando de fora dos alinhamentos dos álbuns. No verão deste ano, foi editado "Live at Benaroya Hall", catalogado como o primeiro acústico oficial dos Pearl Jam. Agora foi a vez de "rearviewmirror". Embora não sejam discos de originais, acrescentam sempre qualquer coisa à história da banda, dos fãs e das canções.

Resumindo, "rearviewmirror" é um relato da viagem que levou dos Pearl Jam daqui:



até aqui: